OFTALMOLOGIA E COVID-19


OFTALMOLOGIA | SAÚDE E BEM-ESTAR | COVID-19
Leandro Waidemam
Foto: Leandro Augusto

OFTALMOLOGIA E COVID-19

Dr. Leonardo Beraldo comenta sobre como os nossos olhos são afetados 

SEM LEGENDA

Sabe-se que olhos são uma das principais portas de entrada de vírus e bactérias. E quando se fala de Coronavírus, os impactos da Covid-19 na oftalmologia estão sendo percebidos por profissionais de saúde ao redor do mundo todo. Segundo especialistas, a transmissão também pode ocorrer pelo contato com a lágrima de uma pessoa infectada, é o que explica o oftalmologista de São José do Rio Preto, Dr. Leonardo Beraldo.
Segundo a Academia Americana de Oftalmologia (AAO), o novo vírus causa conjuntivite em 1 a 3% dos indivíduos contaminados e, em certos casos, essa doença é o primeiro sintoma da Covid-19. A conjuntivite pode causar irritação, vermelhidão e comichão nos olhos, feridas e escamação com crostas na pele ao redor dos olhos.
Estudos recentes identificaram que o novo Coronavírus também pode provocar lesões anatômicas na retina, estrutura que contém as células que enviam as informações que gera a imagem no cérebro, sob o risco de alterações oftalmológicas. Até a publicação do estudo, o conhecimento era de que a manifestação da Covid-19 nos olhos se dava apenas pela conjuntivite.
Outro problema de visão encontrado na pandemia é o uso acentuado de telas de computadores. “O hábito de ficar sob a luz de computadores deixam os olhos secos, irritados e cansados, o que pode também vir acompanhados de dores de cabeça. Isso acontece porque, normalmente, piscamos de 15 a 20 vezes por minuto. Diante do monitor as piscadas são menos frequentes, ao redor de duas ou três vezes por minuto, diminuindo assim a lubrificação natural”, enfatiza o médico. O excesso de telas na pandemia também pode desencadear ou agravar a miopia, principalmente em crianças. No míope, a visão de perto é boa, mas embaça para enxergar de longe.   
Dr. Leonardo Beraldo ressalta que tudo isso reforça a importância de usarmos máscaras, lavar as mãos com frequência e de forma correta, evitar tocar o rosto e, no caso de usuários de óculos e lentes de contato, fazer a higiene adequada e diária desses acessórios. São medidas que reduzem o risco de contágio.


Dr. Leonardo Beraldo CRM 104.884 – RQE 46.806 - Oftalmologista