RIO PRETO: A NOVA REGIÃO METROPOLITANA ESTADO



Por: Cecília Dionizio
Foto: Fabrízzio Riente

RIO PRETO: A NOVA REGIÃO METROPOLITANA ESTADO


SEM LEGENDA
Em reportagem publicada por nós, mês passado, trouxemos a informação que o novo projeto de deputados da Região, seria reapresentado na Alesp com vistas a criar a Região Metropolitana (RM), de São José do Rio Preto. E a resposta não tardou a chegar. Segundo o governador João Dória Jr., que esteve em Rio Preto, ontem, dia 18 de maio, já deu o aval para a criação da RM, ao assinar, junto com o prefeito Edinho Araújo, o projeto de lei que regularizará a situação. Com o adendo, de que a cidade de Olímpia deverá ser integrada nas cidades que faram parte do projeto, perfazendo o total de 35 cidades. A oficialização será feita em no máximo três semanas, quando o projeto de lei for aprovado na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Em meio a tantas notícias, nem sempre positivas, São José do Rio Preto, terá muito a ganhar em sendo contemplada com o título de Região Metropolitana (RM), do Estado de São Paulo.

Proposta nasceu há muito tempo

O projeto de lei de iniciativa do executivo estadual foi protocolado, em abril, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Evidente, que com tudo o que isso implica, e cujo detalhamento, foi feito na audiência pública, do dia 27 de fevereiro, com a presença de diversas autoridades, no auditório da Câmara Municipal de Rio Preto. Nesse evento, que contou com a presença do vice-governador Rodrigo Garcia e do prefeito Edinho Araújo, os presentes puderam conhecer os diversos pontos que vão nortear essa mudança. De maneira geral, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) descreve essa classificação como sendo uma região feita por aglomerações urbanas, ou seja, uma grande área urbanizada formada pela cidade núcleo e cidades adjacentes, que se torna uma conurbação, a qual faz com que as cidades percam seus limites físicos entre si, transformando-a numa mini metrópole, na qual o centro está localizado na cidade central, neste caso, São José do Rio Preto. 

Esse projeto, na verdade, já foi apresentado antes, e não se tornou realidade. Segundo o prefeito, esse é um sonho que vem de longe. “Em 1993, ainda como deputado estadual por nossa região, formalizei a primeira proposta de criação da Região Metropolitana de Rio Preto, com o objetivo de explorar as vocações e potencialidades da nossa metrópole e das cidades do entorno”, lembra. Porém, quando foi apresentado pela última vez, pelo então deputado João Paulo Rillo, o projeto teve sua aprovação vetada pelo então governador Geraldo Alckmin. Hoje, como vereador, pelo PSOL, Rillo comemora o fato de ver a possibilidade da atual propositura ser acatada. O vereador observa que, com esta nova estrutura político-administrativa, muitas ações conjuntas e a união permanente de esforços vão possibilitar a execução de funções e demandas públicas de interesse comum. “Esforços esses capazes de sedimentar a região metropolitana de São José do Rio Preto como um grande polo de desenvolvimento, atraindo novos investimentos, proporcionando a geração de novos empregos, aumentando a renda dos trabalhadores e melhorando, significativamente, as condições de vida da população de todos os municípios envolvidos nessa iniciativa”, afirma.

Vantagens são inúmeras

 Durante o debate do tema, na última audiência pública, o sentimento predominante foi de positividade, entre os presentes - deputados federais e estaduais, prefeitos, vereadores, e lideranças da sociedade civil. Agora a contagem é regressiva, segundo o secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, que viu o encontro como um marco histórico, e o pontapé inicial para o trâmite futuro de um novo projeto de lei a ser aprovado na Assembleia Legislativa de São Paulo. Um dos entusiastas da proposta, o vice-prefeito e secretário de planejamento, Orlando Bolçone, vê como uma das principais vantagens a aprovação de soluções conjuntas para problemas regionais, e o desenvolvimento de projetos compartilhados, ampliação do mercado de trabalho, melhoria da infraestrutura de serviços públicos, entre outros. Para o prefeito Edinho Araújo, tudo leva a crer que, somados os esforços, agora, com a boa vontade do governo estadual, manifestada pelo governador João Doria e pelo vice Rodrigo Garcia, e a união das forças políticas, a criação da RM é palpável, é real. “Um estudo técnico elaborado pela Fundação Seade, apresentado na audiência, serve de alicerce para que a proposta saia do papel e beneficie até 35 municípios do Noroeste Paulista, com uma população próxima dos 850 mil habitantes”, conclui.  

 Outras vantagens da RM Desenvolvimento de projetos inovadores; Consolidação do contorno ferroviário de Mirassol a Cedral. Estudos para uso da malha atual para transporte regional de passageiros; Viabilização da terceira faixa da Rodovia Washington Luís, entre Mirassol, Rio Preto e Cedral; Efetivação de interesses comuns também na área ambiental, na proteção de nascentes, na preservação da água, na consolidação da Floresta do Noroeste Paulista/ IPA, entre outros; Buscar água no Rio Grande, garantindo o abastecimento das próximas gerações; Esgoto tratado para atender até 600 mil habitantes, o que credenciaria a receber investimentos privados para beneficiar Rio Preto e região; Criação de fundos de investimentos regionais, com planejamento de ações de médio e longo prazos. Fonte: Prefeitura de São José do Rio Preto 

Municípios a integrarem a Região Metropolitana

1.  Adolfo Bady Bassit
2.  Bálsamo
3.  Catanduva
4.  Cedral 
5.  Guapiaçu
6.  Ibirá
7.  Icém
8.  Ipiguá
9.  Irapuã
10.  Jaci José
11.  Bonifácio
12.  Macaubal
13.  Mendonça Mirassol
14.  Mirassolândia
15.  Monte Aprazível
16.  Neves
17.  Olímpia
18.  Paulista
19.  Nipoã
20.  Nova Aliança
21.  Nova Granada
22.  Onda Verde
23.  Orindiúva
24.  Palestina
25.  Paulo de Faria
26.  Planalto
27.  Potirendaba
28.  São José do Rio Preto 
29.  Sales 
30.  Tanabi  
31.  Ubarana 
32.  Uchoa 
33.  União Paulista
34.  Urupês
35.  Zacarias

Fonte: Prefeitura de São José do Rio Preto