ENTREVISTA
CARLOS FERREIRINHA
Quando falamos em mercado de luxo, seu nome é uma autoridade no Brasil. Carlos Ferreirinha é líder, gestor, pensador estratégico, advisor, palestrante, colunista, visionário desta área. Formado em Administração de empresas pela Cândido Mendes, Executive Marketing Leadership, na Texas University e MBA Finanças, no IBMEC, ele tem décadas de atuação profissional e é pioneiro na tradução da Inteligência da Gestão do Luxo, reconhecido como o principal formador de opinião sobre Negócio e Gestão do Luxo Premium da América Latina. Ferreirinha foi palestrante hoje, no Talk Metropolitano, do Grupo Metropolitano, realizado no Villa Conte, em São José do Rio Preto, que contou com centenas de arquitetos, designers e profissionais de áreas congêneres. Com o tema “O paladar não retrocede”, o presidente da MCF Consultoria e Fundador da ABRAEL – Associação Brasileira das Empresas de Luxo, antecedeu uma entrevista à “Ala Vip Magazine”.
Na relação mercado de luxo versus arquitetura, quais são os pontos em que as relações são mais próximas?
Definitivamente a inteligência do design. A relação do design com o luxo é indissociável. O mesmo que acontece entre o design e a arquitetura. O design da forma, da solução e da estética. O design que educa pelo belo. As formas. O mesmo que acontece nos produtos e serviços de luxo. Além disso, arquitetura desenha e projeta tangibilizando desejos, sonhos, vontades. O luxo é uma tomada de decisão emocional. São muitos os alinhamentos.
Marcas de luxo, comumente, têm grande tempo de atuação no mercado. É possível uma marca de luxo surgir a curto prazo? Quais são as bases principais nesta possibilidade?
Não há qualquer
dúvida sobre esse ponto. Principalmente, quando temos que relevar o fato de que
marcas que possuem 100 anos, já tiveram 1 ano. O desafio aqui é entender o
conceito do termo tradição. Tradição não é a quantidade de tempo, mas sim, quem
é você no seu tempo. Luxo tem o “tempo” como elemento essencial. Mas, ele não é
medido por quantos anos, mas o que foi feito genuinamente especial durante os
anos. Cheap UK fake rolex watches with Swiss movements are worth having.
Como você analisa o mercado de luxo no Brasil?
No cenário internacional, um mercado pequeno. Entretanto, mantendo ritmo de crescimento e expansão nos últimos 15 anos, principalmente. O mercado mais importante da América Latina ao lado do México, mas o único capaz de entregar movimentos e resultados expressivos em diversas regiões do país, como São José do Rio Preto. Algumas atividades, o Brasil é referência e produtor de luxo = imobiliário, design, gastronomia, joias, hotelaria...
O que mudou em conceitos nestes tempos de pandemia e, no momento, digamos, pós-pandemia, na busca pelo luxo?
A pandemia impulsionou a atividade do luxo. Concentração de riqueza, dinheiro represado, fortes oscilações do trânsito internacional de consumo geraram dispêndios significativos na atividade. E como a dinâmica da economia real também apresenta muitos desafios. O luxo é beneficiado, tendo o dinheiro como investimento. Joias, arte, carros, imóveis crescem muito nesses momentos.
Cite uma marca que você tem como símbolo da inovação em todos os tempos e por quê?
São muitas e muitas. A maior marca de luxo do mundo é a “Louis Vitton”, que tem 168 anos. Uma capacidade ímpar de se manter atualizada, desejada, moderna mesmo quase 200 anos depois. A “Baccarat”, que tem 259 anos, e segue surpreendendo com movimentos ousados, contemporâneos.
