Moda | Comportamento
Foto: Milton Flávio
Dalva Ferrari
Ela tem 60 anos e alma que mescla
personalidades que vão de uma menina, uma jovem, uma mulher forte e
surpreendente até uma das personalidades mais fascinantes a começar por sua
cultura de moda. Dalva Ferrari sempre foi uma pessoa extremamente dinâmica e já
ligada ao universo da moda desde a infância. "Sempre
gostei de me vestir bem e gostava de fazer croquis de vestidos "de
noiva". Entre minhas principais referências, estilistas e marcas
maravilhosas, Coco Chanel, para simbolizar a lista dos melhores. Também me
encantava os filmes com a Audrey Hepburn, 'a bonequinha de luxo'. Nos anos
1960/70, a informação em moda vinha por meio de filmes, novelas e revistas. A
extinta revista 'Cruzeiro' foi minha primeira referência em
moda. Independente de buscar referências passadas, hoje a diversidade de
estilos é o que está na moda", explica Dalva. Já sobre o que está em alta
atualmente, ela afirma: 'Moda agênero', tendência que vai ganhar espaço, o que
não significa que a roupa que dizemos ser feminina ou masculina vai sumir.
Apenas vamos ver uma variedade maior". Sobre o que a moda já teve
de pior, ela comenta: "Os poucos estilistas com quesito criativos.
Hoje o que conta é o comercial, o que vende". Ao falar de como é se vestir
para ela, afirma: "Vestir é se sentir bem, independente da ocasião.
Procurar ser criativa na escolha sem exagerar nos looks". Sobre em que mulheres
e homens mais erram, ela diz: "No que diz respeito às mulheres, o fato de
muitas delas não saber escolher o melhor modelo para seu corpo. Já os
homens, quase não erram, mas é bom atentar-se para calças muito justas.
"É muito envolvente o mundo da moda e, como sabemos, uma pessoa bem
vestida será sempre mais reconhecida culturalmente. Não digo bem vestida no
sentido de usar grifes, mas saber usar peças, produzir-se de forma adequada,
elegante e bonita", acrescenta. Sobre seu dinamismo, Dalva comenta:
Conseguir brincar de Poliana, fazer tudo com confiança e bem feito me ajudam
muito. Conviver com pessoas mais novas é muito importante para manter-se
bem. Foi assim a minha vida inteira. Amo participar dos encontros com filhos e
seus amigos. Quero continuar na ativa, como coordenadora, professora e
pesquisadora do CNPQ. Viagens também ajudam demais no processo de estar de bem
com a vida e sempre com planos novos. A mais inesquecível para mim foi a que
fiz à Europa em busca de Especialização em Arquitetura e Sustentabilidade
na Universitat Politècnica de Catalunya".
Tendo
sua casa como seu lugar predileto, embora não saiba cozinhar e não faça questão
de aprender, Dalva afirma que não é uma dona de casa muito comum. Só gosta de
decoração e casa limpa. Fascinada por livros de romance, poesia e artigos
acadêmicos em diversas áreas, ela declara que o que a faz perder o sono é
quando os filhos não estão bem. "Tenho que ter minha família sempre unida
e feliz para que eu também esteja bem. Ao falar se já teve problemas em ser uma
mulher à frente do tempo, Dalva diz: Já recebi muitos elogios
construtivos, inclusive pela mania que tenho de me dedicar aos estudos com a
minha idade. Isso é o que basta". Sobre um segredo que poderia nos
revelar, ela declara: Sou feliz pelas coisas simples que muitas pessoas não
notam. São coisas fáceis, altamente possíveis. Talvez isso seja reflexo do amor
que sinto pela minha família e por tudo que conquistamos juntos me faz
realizada para que tudo se torno muito especial no dia a dia".